sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Pai chora ao ler carta de filho viciado

Escrito por Paulo Gomes

Caso verídico

"Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele." Provérbios 14.12
"Há caminho que ao homem parece direito, mas ao final dá em caminhos de morte." Provérbios 22.6
Pai, como eu gostaria de voltar atrás e seguir os teus conselhos e orientações! A minha rebeldia só me causou dor e sofrimento. Hoje, neste frio leito hospitalar e esperando a morte chegar, quero te revelar o nome de quem está me levando para o cemitério. Não sei como você vai receber este relato, mas preciso reunir todas as forças enquanto é tempo. Sinto muito, papai, acho que este diálogo é o último que tenho com o senhor. Sinto muito mesmo...
Sabe pai, já passou da hora do senhor saber a verdade que nunca desconfiou. Vou ser breve e claro... e bastante objetivo.
O tóxico é o grande responsável pelo meu sofrimento e pela minha morte. Travei conhecimento com meu assassino aos 15 anos de idade. É horrível, não, pai? Sabe como conheci essa desgraça? Foi através daqueles que eu considerava meus melhores amigos da escola e do bairro onde morávamos.
Eu tentei recusar. Tentei mesmo, mas eles mexeram o com meu brio, dizendo que eu era CARETA - que eu não era homem... e etc. Não é preciso dizer mais nada, não é, pai? Como não queria ser tachado de CARETA, acabei entrando para o terrível mundo das drogas.
No começo, foi o devaneio... depois veio a tortura... a escuridão. Não fazia nada sem que o tóxico estivesse presente. Em seguida, veio a falta de ar... o medo... as alucinações. E, logo após a euforia do pico, novamente, eu me sentia mais gente que as outras pessoas. Então o tóxico, meu amigo inseparável, sorria de minha desgraça.
Sabe, meu pai, quando a gente começa a usar drogas, acha que o mundo é ridículo e engraçado. Cheguei até a zombar de DEUS e a duvidar de Sua existência. Mas hoje, no leito de um hospital, reconheço que DEUS é mais importante que tudo no mundo e que, sem a Sua ajuda, não estaria, agora, escrevendo esta carta.
Pai, eu só estou com 19 anos; sei que não tenho a menor chance de viver. É muito tarde para mim! Mas ao senhor, meu pai, tenho um último pedido a fazer: mostre esta carta a todos os jovens que o senhor vier a conhecer. Diga-lhes que, em cada porta de escola... em cada cursinho de faculdade... em qualquer lugar, há sempre um grupo de falsos amigos e até namoradas(os), que irão lhes oferecer algum tipo de droga que poderá

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