quarta-feira, 9 de abril de 2008

Quando filho meu

Rubens Romanelli
QUANDO,nas horas de íntimo desgosto, o desalento te invadir a alma e as lágrimas te aflorarem aos olhos Busca-Me: Eu sou Aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas;
QUANDO te julgares incompreendido pelos que te circundam e vires que em torno a indiferença recrudesce, acerca-te de Mim: eu sou a LUZ,sob cujos raios se claram a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus sentimentos;
QUANDO se te extinguir o ânimo e as Vicissitudes da vida e te achares na eminência de desfalecer,chama-Me: Eu sou a FORÇA capaz de remover-te as pedras dos caminhos e sobrepor-te às adversidades do mundo;
QUANDO, inclementes,te açoitarem os vendavais da sorte e já não souberes onde reclinar a cabeça,corre para junto de Mim: Eu sou o REFÚGIO,em cujo seio encontrarás guarida para o teu corpo e tranqüilidade para o teu espírito;
QUANDO te faltares a calma, nos momentos de maior aflição,e te julgares incapaz de conservar a
serenidade de espírito, invoca-Me: Eu sou a PACIÊNCIA que te faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar nas situações mais difíceis;
QUANDO te abateres nos paroxismos da dor e tiveres a alma ulcerada pelos abrolhos dos caminhos,grita por Mim:Eu sou o BÁLSAMO que te cicatriza as chagas e te minora os padecimentos;
QUANDO o mundo te iludir com suas promessas falsas e perceberes que já ninguém pode inspirar-te confiança,vem a Mim: Eu sou a SINCERIDADE, que sabe corresponder à fraqueza de tuas
atitudes e à exelsitude de teus ideais;

segunda-feira, 7 de abril de 2008

INTERAJA CONOSCO



Iracema e André Gustavo

Ainda antes que houvesse dia, Eu Sou, ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos operando eu quem impedirá? Separados durante sete anos e depois de vinte e dois anos de casados sem filhos biológicos, Deus sela com a bênção, o filho da promessa André Gustavo Lacerda

domingo, 6 de abril de 2008

conheça a história de conquista

ONHEÇA SUA CIDADE EXTRAIDO DO BLOG DO PAULO NUNES.

Comércio Primitivo dos tropeiros e,
depois, dos Caxeiros Viajantes

Em 1888, Durval Vieira de Aguiar descreveu os fatores econômicos da Imperial Villa da Vitória e assim se expressou em relação às suas atividades comerciais: "O comércio é pequeno e também o mercado da feira..."


Barracão utilizado para o comércio variado em 1915

" Tudo isso não tem desenvolvimento pela falta de meios de exportação..."

Até 1926 o comércio, propriamente dito, não tinha expressão econômica, com relação aos produtos e bens que vinham de outras cidades. As poucas mercadorias compradas pelos comerciantes em Salvador chegavam a Nazaré e Cachoeira, no Recôncavo, depois de Jequié pela estrada de ferro, seguindo dali em transporte de tropeiros até Conquista.

Quando foi aberta a estrada de rodagem de Conquista a Jequié, em 1926, as mercadorias passaram a chegar na cidade na carroçeria de caminhões. Surgiram nessa época os primeiros e grandes comerciantes da localidade, muitos estabelecimentos e casas comerciais. Antes, porém, quando ainda da elevação da vila para a cidade existiam casas comerciais dos coronéis Manoel José dos Santos ,Pompílio Nunes, José Joaquim Florence, proprietário da ' Loja Florence", onde se vendia tecidos finos ao lado de jóias, calçados etc. Havia ainda as lojas de Domingos Pinto, " Loja Viana" do Cel. Paulino Viana. "Loja do Major Francisco Piloto, "Loja Estrela" do Cel. Francisco da Silva Costa e a "Loja Leite" de Manoel Inácio da Silva Leite. A primeira loja de confecções foi o "Depósito das Fábricas de São Paulo", cujo proprietário era Derme-val Gomes Ferreira, que por 45 anos esteve à frente da loja.Todas estas lojas reunidas formavam o então comércio da cidade, procurado pelos caxeiros viajantes. Um comércio que pouco tempo se tornaria pólo regional.

Os caxeiros viajantes, não há dúvida, representavam uma ponta de civilização entre a capital e o interior. Seu papel civilizatório é compatível ao do padre e ao do professor que também exerceram a mesma influência sobre a população sertaneja.

O papel das feiras livres no Comércio


Feira Livre na Lauro de Freitas (1941)

As feiras livres foram, no passado conquistense, a maior fonte de riquezas para muitos comerciantes e negociantes. A primeira da cidade localizava-se na Rua Grande ( hoje Pça. Tancredo Neves e Barão do Rio Branco). Ali existia, desde a época da Imperial Villa da Vitória, um Barracão onde os feirantes se reuniam e os tropeiros vindos de outras localidades se encontravam. Em 1912, durante a gestão do Intendente José Fernandes de Oliveira Gugé, o velho Barracão já se encontrava bastante arruinado e foi demolido. Porém a feira continuou sendo realizada na praça, onde se encontrava a maioria das casas comerciais, mesmo sem o Barracão.

Em 1938, na administração de Régis Pacheco, a feira foi transferida para Av. Municipal (atual Lauro de Freitas). Embora sem edifício para o mercado público, permaneceu, enfretando as exur-radas das chuvas fortes que chegavam a levar barracas e mercadorias água abaixo.

Na gestão do prefeito Antonino Pedreira (1946-1950), a feira livre foi transferida para a praça da Bandeira, onde se construiu o Mercado Municipal, hoje transformado em casas de comércio e Mercado Municipal de Artesanato.

O local, alguns anos depois, não comportava mais o fluxo de pessoas e urgia a necessidade de mudança, uma vez que não era possível a sua ampliação. O prefeito Fernando Spínola, durante a sua administração (1967-1971) construiu o Conjunto Comercial, denominado pelo povo de "Mercadão", acima do mercado primitivo (que na época foi sede da Cobal). Ao redor deste conjunto funcionava a feira livre, até se transferir definitivamente para a CEASA (construída no governo de Pedral Sampaio e Hélio Ribeiro 1983-1989) na antiga "Mamoeiras". Hoje a cidade dispõe ainda do Mercado Municipal no bairro Departamento e duas feiras, uma na Patagonia e outra no Alto Maron, construídas pelo prefeito Murilo Mármore.

Expansão Comercial Urbana

Com a implantação do pólo cafeeiro convergiu para a cidade grande número de imigrantes, surgindo também o empresariado, que se dedicou às novas atividades, ora como negociantes, ora como agricultores e, em conseqüência, a expansão econômica e a expansão urbana.

Encravada durante mais de 50 anos ao pé da Serra do Periperi, a cidade quase avançou sobre a serra e se estendeu por toda a esplanada, buscando terrenos que antes eram mangueiros e fazendas.

No período de 1944 a 1953 a expansão se deu direção à rodovia BR-116, Rio- Bahia, que representava, na época, um dos mais importantes fatores de atração urbana. A malha urbana se estendeu ao longo dessa rodovia, envolvendo, inclusive, a ligação rodoviária Ba-262 (Conquista-Brumado), outro prolongamento se dirigiu para Sudoeste, graças à topografia favorável e a Rodovia Ba-265 (Conquista- Barra do Choça). A cidade passou a se expandir em braços, segundo a direção das rodovias, facilmente identificáveis como vetores do crescimento urbano.

Nos anos de 1954 a 1959, observa-se um processo de expansão similar ao verificado no período anterior, manifestando-se tímidas penetrações transversais aos eixos de crescimento da cidade.

No período compreendido em 1960 e 1965 foram preenchidos os espaços vazios que se formaram entre os eixos de crescimento. Destacam-se como principais fatores de atração urbana, a construção do aeroporto, a implantação de novos loteamentos a Sudoeste e saneamento de terrenos alagadiços a Sudeste.

A partir de 1966, o aeroporto foi envolvido pela malha urbana, graças à ocupação dos terrenos da parte Sul por população de baixa renda. Na direção Sudeste surgiram loteamentos entre os quais o núcleo habitacional da Urbis -

característicamente de baixo padrão - contrastando com o padrão médio alto das habitações naquela área. Os terrenos situados na Av. Bartolomeu de Gusmão e na rodovia Br.- 415 (Conquista - Ilhéus), juntamente com o entrocamento formado por esta rodovia e a Br-116, vêm sofrendo uma alta concentração populacional. A área situada a Leste, próxima a Br - 415, apresenta-se com grandes espaços vazios, em virtude da presença de terreno alagadiços, que formam uma bacia natural de drenagem. Existia no local um açude, responsável por parte do abastecimento d´água da cidade, e que perdeu a funcionalidade com a implantação do sistema de água encanada. A expansão da cidade no sentido Norte encontra na Serra do Periperi um obstáculo natural, ainda assim avançado em algumas partes, pela população pobre que não dispõe de lotes para construir.

De 1972 a 1985 houve um maior impulso de crescimento da malha urbana, sendo responsável a implantação da economia cafeeira e seus reflexos no desenvolvimento do comércio e no setor de serviços.

Esta fase, como as anteriores, caracterizam-se pela proliferação de grande número de loteamentos, pela tendência crescente de ocupação da serra circundante, pela continuidade de ocupação de terrenos livres dentro da malha existente, pela expansão prioritária para Sudeste, Oeste e Sudoeste e, finalmente, pela edificação de grandes conjuntos habitacionais.

Surgiram nesse período (1972-1985) cerca de 58 loteamentos, dentro dos quais assentaram-se sete conjuntos habitacionais, perfazendo em todos o total de 3.166 casas.

Mas a cidade, ainda que possuindo um Plano Diretor Urbano, aprovado na década de 70, continuou a crescer indisciplinadamente, não mais com vícios da "cidade torta" da década de quarenta, e sim, pela ilegalidade dos parcelamentos do solo urbano, muitos chamados de invasões.

A expansão urbana, como é natural, deixou bem patente, na divisão do solo, o aparecimento de bairros classificados em nobres, populares e proletários. Refletiu as características básicas da sociedade conquistense, apresentando as contradições morfológicas do meio social, que marcaram profundamente a divisão de bairros no contexto da especialização.

Aconteceu em Vitória da Conquista, mais ou menos, o que disse Manoel Corrêa de Andrade: "Os bairros residentes de classe média distribuem-se do centro em direção à periferia e daí se encontram as habitações da população de menores recursos, classificados como sub-normais, de difícil acesso, desprovidos dos mais rudimentares serviços públicos e ameaçados todos os anos por ocasião das chuvas, por desmoronamento pelas enxurradas".

Enquanto isso se verificava na malha urbana em expansão, no centro urbano de Conquista ocorria a especulação imobiliária, que foi responsável pela derrubada de muitos edifícios antigos, característicos da sua arquitetura primitiva.

Surgiram em lugares destes, modernos edifícios de muitos andares, mostrando visivelmente, a expansão econômica da cidade.

Confira: Plano Diretor do distrito Industrial dos Imborés. Obra citada: Ruy Medeiros. A cidade de Vitória da Conquista, Gênese e Evolução. Obra citada: Edvaldo Oliveira, Celeste Gusmão de Melo e Ivete Glória Baptista Mangabeira - Expansão da Malha Urbana de Vitória da Conquista", mimeografado, Vitória da Conquista, 1990. Manoel Corrêa Andrade. Geografia Econômica. Editora Ática, São Paulo, 1986.

Primeira agência bancária chega a Conquista na década de 30


À direita, antiga agência do Banco Econômico (Lojas Insinuante) a expansão de seu comércio e de sua principal indústria daquela época - a pecuária.

Havia somente um correspondente do Banco do Brasil, que era o Cel. Paulino Fonseca. Quando havia necessidade de empréstimos avultados em contas de reis, recorria-se aos grandes capitalistas locais, como Zefe-rino Correia, que agiotava a juros de 2% ao mês.

Foi justamente o Cel. Zeferino Correia de Melo, latifundiário e capitalista, líder político influente, presidente do Diretório local do Partido Republicano, correligionário do ex-governador Góes Calmon, então presidente do Banco Econômico da Bahia S/A, que solicitou deste a implantação de uma filial nesta cidade, onde não existia agência bancária.

Atendida a solicitação, o Cel. ficou encarregado de contratar um gerente para o banco. Apresentou, então, seu genro Joaquim Hortélio da Silva Filho para ocupar o cargo, no dia 10 de março de 1930, em sede provisória, situada ao lado da casa de sua residência, na Praça 15 de Novembro, a segunda agência do Econômico na Bahia. O primeiro depósito fora feito por Zeferino Correia, na quantia de 300 mil reis. Depois, o banco foi transferido para Alameda Lima Guerra, de onde saiu para Praça Barão do Rio Branco. Com o rombo praticado pelo seu Presidente Ângelo Calmon, o banco sofreu intervenção e foi comprado pelo grupo espanhol do BBVA, operando hoje com este nome: Banco Bilbao Viscaia.

Eleito deputado estadual em 1934, Joaquim Hortélio indicou como substituto seu irmão Jonas Hortélio, que construiu a sede do banco em Conquista. Neste ano o Econômico comemorava seu centenário, com a reinauguração de sua agência na Bahia.

Depois de adquirida a sede do antigo Cinema Riviera, o Banco Econômico iniciava as obras para sua moderna instalação, que seria inaugurada a 10 de julho de 1984, comemorando o sesquicentenário do Grupo Econômico S/A.

A segunda casa bancária desta cidade foi a CEF - Caixa Econômica Federal, implantada por Juracy Magalhães, na época Governador da Bahia. O ato Inaugural ocorreu no dia 02 de setembro de 1936.

Na agência foi em-possado Júlio Guimarães Lacerda. A agência ficava localizada na Pça 24 de Outubro (atual Caixeiros Viajantes), depois transferida para a Pça. 9 de Novembro e daí para andar térreo e o 1º do edifício do Aliança Palace Hotel.

Atualmente a agência está localizada na Praça Barão do Rio Branco em frente ao Banco do Brasil. Contando com 64 anos em Conquista a CEF além de ser uma empresa federal de capitalização de recursos para o Governo desenvolve um programa de assistência social nos mais diversos setores.

O terceiro estabelecimento bancário de crédito foi o Banco da Bahia.

Inaugurado no dia 28 de outubro de 1960, o Banco esteve em seu agente, Asdrúbal Pedreira Brandão, o início de sua exploração na região. Ficava localizado na Travessa Lima Guerra, depois foi para sua própria sede na Maximiliano Fernandes.

Seu presidente Clemente Mariano vendeu a sede do banco em Conquista para o Banco Brasileiro de Desconto - BRADESCO, na época com uma agência na cidade.

O Banco do Brasil subordinado à agência de Jequié, a sub-agência de Conquista foi instalada no dia 3 de julho de 1942. Funcionava num Prédio da Praça 15 de Novembro, na antiga firma João de Oliveira Lopes, depois o Shalako. O primeiro gerente foi Antônio Conceição Foepell.

Mais tarde essa sub-agência se extinguiu para dar lugar à uma nova agência, com sede própria, construída na Pça. 15 de Novembro (na época a Praça já estava dividida), hoje é o edifício do CREDIC. Até que na década de 70 foi transferido para seu atual prédio situado na esquina da praça Barão do Rio Branco com a Silva Jardim, antigo sobrado histórico do Cel. Paulino Fonseca.

A quinta agência bancária de Vitória da Conquista foi a do BAMERINDUS, situado na rua Monsenhor Olímpio. Foi instalada no dia 30 de Janeiro de 1962.

A sexta agência foi a do ITAÙ, instalada no dia 12 de outubro de 1962, como agência do Banco Auxiliar Português do Brasil. Com es-te topônimo seu primeiro gerente foi Carlos Fernando Sá Nascimento. Em 26 de Julho de 1973 passou a ser Banco Itaú S/A. Está, hoje, instalado em sua própria agência na rua Francisco Santos.

A sétima agência foi instalada nesta cidade no dia 13 de Novembro de 1965, numa residência situada à rua Francisco Santos. Foi o BRADESCO.

Atualmente está instalado num edifício na Maxi-miliano Fernandes, primeiro adquiriu a casa de Walter Gonçalves ao lado do prédio que perteceu ao banco da Bahia.

O BNB foi o oitavo banco de Conquista. Foi instalado em 1952 pelo Presidente da República, Getúlio Vargas, através da Lei 1649, em Fortaleza.

Seu primeiro presidente foi o baiano Rômulo Almeida. No governo municipal de Nilton Gonçalves foi inaugurada uma filial em Conquista. O ato da inauguração foi a 15 de agosto de 1971 ( no dia da Padroeira da cidade). A sede da agência está situado na Praça Barão do Rio Branco.

A nona agência foi o Banco Mercantil do Brasil. A inauguração deste estabelecimento foi no dia 15 de setembro de 1975, no governo do prefeito Jadiel Vieira Matos. Seu primeiro gerente foi Hercílio Trajano Filho. Atualmente está instalado no térreo e primeiro andar do Edifício Ouro Branco, na Barão do Rio Branco.

O décimo banco foi o Nacional, incorporado ao Banco do Comércio e Indústria de Minas Gerais, no ano de 1976.

A penúltima agência foi a do Banco Real, instalada nesta cidade no dia 12 de dezembro de 1979, no governo de Raul Ferraz. Seu primeiro gerente foi Raimundo Antunes de Oliveira.

A última agência instalada em Conquista foi a do BANORTE - Banco Nacional do Nordeste, situado na rua Monsenhor Olímpio, no ia 30 de janeiro de 1982.

Estes três últimos bancos fecharam suas portas em Conquista.

O maior centro financeiro da região sudoeste, a praça Barão do Rio Branco é uma das maiores praças financeiras da Bahia. Entre modernos edifícios e antigas construções, estão instaladas na praça seis das doze agências bancárias do centro de Conquista, inclusive as maiores agências da cidade ( Banco do Brasil, Caixa Econô-mica, Banco BBVA e BNB) estão instaladas na Praça.

Foi a partir daí que a área se estruturou como a zona financeira de Conquista, onde os bancos passaram a ocupar os seus espaços. Atualmente existem em Conquista duas agências do Banco do Brasil, duas da Caixa Econômica Federal, uma do BNB, duas do BANEB, incorporado ao Bradesco uma do Econô-mico,hoje BBVA uma do Bradesco, uma do Itaú, uma do Mercantil e uma do Bamerindus.hoje HSBC e recentemente superada a crise, reabriu a agência CREDIC, Cooperativa de Crédito de Conquista, com um trabalho realizado pelo deputado federal Coriolano Sales, incentivando as cooperativas de crédito. Vitória da Conquista tem hoje diversas cooperativas de crédito, emprestando dinheiro a juros abaixo do mercado para seus associados, inclusive o banco do Povo, que é uma cooperativa com dinheiro do município e do BNDES.


Primeira agência da Caixa- ficava na Pça da Piedade

No começo, a pecuária foi o principal pilar da economia local


Primeiros garrotes, adquiridos por Virgílio Mendes - Fazenda Oriente

No setor econômico foi a primeira atividade e uma das mais importantes para o Município, desde os tempos coloniais. A pecuária foi quem fixou os conquistadores nesta área. Por volta de 1808, o Cel. João Gonçalves da Costa e seus filhos dão início à criação comercial de gado, implantando em suas terras as primeiras grandes fazendas da região. Conquista vivia, nas palavras de Capistrano de Abreu, a "civilização do couro".

A introdução do gado zebu em Conquista coube ao fazendeiro Marcelino Gusmão, que comprou um reprodutor em Alagoinhas em 1909. Um ano depois, o fazendeiro Pedro Ferraz trouxe de Fortaleza ( atual Pedra Azul) um outro touro zebu.

Em 1918 veio de Pedra Azul (MG) o Cel. Theopompo de Almeida com um plantel de reprodutores zebu das raças Guzerat e Nelore, vendendo a pecuaristas locais. Theopompo foi um dos grandes criadores e comerciantes de gado da região. Incentivando a pecuária local, buscou promover a Primeira Exposição Agropecuária de Conquista em 1933.

A pecuária representou para Conquista uma riqueza enorme, possibilitando o crescimento da cidade e o aparecimento de um modo de vida próprio, controlado pelos coronéis, até foram sobrepujados pela figura do negociante, que também às vezes se fazia de fazendeiro criador de gado.

Justino Gusmão, Virgí-lio Ferraz, Deraldo Mendes, Zeferino Correia, Pompílio Nunes, Régis Pacheco, entre muitos outros, foram grandes pecuaristas do passado conquistense. Conquista tinha o maior criatório de bovino do Estado, conforme publicação do"Àlbum Artístico, Comercial e Industrial do Estado da Bahia", em 1930. Perdeu esta posição porque muitos dos antigos distritos onde se criavam gado e era a "Bacia Leiteira" do Município se emanciparam.

Nessa época, Virgílio Ferraz de Oliveira foi o primeiro a introduzir a raça na região, na sua fazenda "Quilombo". Deraldo Mendes foi o maior criador de gado desta região.
A pecuária, hoje, representa o terceiro pilar da economia conquistense, ficando atrás somente da cafeicultura e do comércio.


A Fazenda Oriente também introduziu na região caprinos puro sangue

Conquista encontrou seu crescimento na cafeicultura na década de 70

Em termo menor, desempenhou a agricultura primitiva papel semelhante ao da pecuária, sem a expressividade desta. Surgiu no inicio da conquista do território. Antes se serviam os conquistadores das plantações dos índios.

Mas, durante muitos anos, subsidiava a pecuária; por mais de um século a produção agrícola esteve para as necessidades básicas de seus habitantes e do próprio produtor. Era a lavoura de subsistência, enquanto a pecuária era extensiva.

A partir da década de 40 intensifica-se a produção das culturas regionais no sentido de comercialização. Começam a aparecer com maior freqüência e intensidade nas feiras livres da cidade.


O café é responsável pela força agrícola no município

Antes da cafeicultura, a mandioca era o produto mais importante da agricultura conquistense. O maior produtor de farinha do Município é o distrito de "Campinhos",próximo à malha urbana de Conquista.

O algodão foi outro importante produto da região no século XIX. Nas "Memórias", de João Gonçalves, o próprio conquistador relata ter encontrado aqui produção de algodão praticada pelo Mongóios. Ademar Dias Galvão chegou a abrir no dia 15 de setembro de 1963 uma usina de beneficiamento do produto, a "Ouro Branco", no bairro Departamento.

Mas foi na cafeicultura que Conquista encontrou seu crescimento. Em 1971 foi aqui plantada as mudas com base no Plano de Renovação e Revigoramento do Café do IBC ( hoje extinto) nas localidades de Inhobim e José Gonçalves. Por essa época a pecuária estava descapitalizada. O café, a nova opção econômica era alternativa para a agricultura regional, tornou-se o maior investimento feito nos últimos anos, em termos econômicos, financeiros e sociais da cidade.

O "boom" cafeeiro provocou uma extraordinária valorização patrimonial da terra na região. Um alqueire (20 hectares) que antes custava em torno de Cr$ 500,00 passou, após a introdução definitiva do pólo Cafeeiro, para Cr$ 25 a Cr$ 30 mil.

Após as primeiras safras, várias empresas de exportação de café chegaram na cidade. A cidade possui hoje uma empresa de beneficia-mento do produto conhecida em todo o Estado da Bahia e norte de Minas Gerais, o "Café Bahia", do grupo Irmãos Oliveira Neto.

Mas, desde a época do Cel. Pompílio Nunes, fazendeiro e pecuarista, que o café era cultivado nesta região. O próprio Cel. Pompílio era cafeicultor. Plantou café nas suas fazendas Santo Eloy e Pau Brasil, havendo produção, na época, suficiente para exportação, como relatava seu filho Zulmiro Nunes. Cristovão Khoury é o maior cafeicultor de Conquista na atualidade, e continua mantendo sua riqueza sustentada na produção do café.
Com a queda da lavoura cafeeira nos últimos dez anos, buscou-se, através de Simpósios, Seminários e outras promoções da UESB, durante a década de 80, início de 90, alternativas para a diversificação da agricultura regional, como urucum, maracujá e apicultura. Mas, como disse um conquistense no passado:" a coisa anda tão feia que nem frio faz mais em Conquista", já pressagiando a crise que atravessaria o município décadas mais tarde.

Primeira indústria foi uma cerâmica


Algumas indústrias surgiram na Pça. da Piedade, hoje Nove de Novembro


Conquista exportava sapatos para toda a região

A primeira indústria de Vitória da Conquista surgiu quando esta ainda era Arraial da Conquista. Foi uma Cerâmica, no lugar conhecido como Batalha, onde os oleiros fabricavam telhas, tijolos etc. A única indústria que progrediu nas primeiras décadas deste século, no entanto, foi a de fabricação de calçados, selas e outras artefatos de couro, que eram produzidos em quantidade para exportação.

O Distrito Industrial dos Imborés só seria implantado em 1972, localizado a cinco quilômetros do centro da cidade, numa área de 499 hectares ( 499.000 m2), teve um custo de implantação estimado na época, em 169 milhões de cruzeiros. Funcionando com apenas duas indústrias instaladas, hoje conta com 22 fábricas em pleno funcionamento.

A primeira indústria a se instalar no Distrito Industrial dos Imborés foi a fábrica de sabão Teiú, do grupo Marinho de Andrade, que está lá até hoje.

Apesar de estar situado num ponto estratégico, cortado pela rodovia BR-116, o Pólo Industrial de Conquista não consegue superar as deficiências de estrutura que o coloca entre os últimos distritos industriais da Bahia. Não existem indústrias de grande porte, capaz de promoverem o incremento da indústria local ou de incentivar outros empresários do Sul do País a investir na região, como ocorre em Feira de Santana.

Entretanto, o Distrito Industrial dos Imborés é o que tem menos expressão no cenário da indústria estadual. Todos os demais pólos da Bahia têm uma expressiva participação na arrecadação fiscal do Estado.

O Pólo Industrial de Conquista foi montado no período em que o Brasil se encontrava no chamado " Milagre Econômico" ( 1968/1973)- uma estratégia de expansão industrial que levou o País a um clima de "euforia desenvolvimentista".

Os Governos Federais do período de 64 a 74 criaram programas para o desenvolvimento do Nordeste. E onde Vitória da Conquista se situava nestes projetos? Basta dizer que o Município está incluindo no chamado Polígono das Secas no Programa da SUDENE. Entretanto, nem mesmo pela opção capitalista, o setor industrial, em Conquista, se estruturou. O fracasso se deve a vários motivos, com destaque para a mentalidade empresarial do conquistense.


Veículo utilizado para transporte de artefatos de couro

Outra grande deficiência apontada pelos próprios industriais seria a falta de um projeto de industrialização para Conquista. Isso porque até hoje não houve uma política econômica voltada para esse setor, o que tem emperrado o seu crescimento.

Entretanto, todo um conjunto de possibilidades e favorecimentos para o seu desenvolvimento existe, co-mo por exemplo, a polarização da cidade em torno de um cinturão agrícola, de uma bacia leiteira e pecuária e de um imensa área mineradora, capaz de fornecer matéria-prima em abundância para qualquer tipo de indústria, bem como um sistema viário à disposição do Distrito Industrial. Praticamente "Portão de Entrada para o Nordeste Brasileiro", liga-se com Salvador, Rio e São Paulo pela Br-116 e pelas BRS 415 e 262, com Ilhéus, num percurso de 275 Km, atinge o Porto de Malhado e com Brumado, numa distância de 144 Km alcança a linha ferroviária da RFFSA. No distrito, os setores predominantes são os de metalurgia, cerâmica, fertilizantes e bebidas. Pelo seu espaço (quase 500 hectares) o distrito tem condições de abrigar mais de 100 indústrias. Mas, ao contrário, o Centro Industrial não evoluiu desde sua criação, tendo inclusive fechado grandes empresas - a SUISA (Matadouro Frigoríficos de Suínos), que voltou a funcionar e a TRANSMINE (Transportes de Minérios), que não existe mais.

Como a principal indústria do passado era as de fabricação de calçados e demais artefatos de couro, era grande também na cidade o número de sapatarias, destacando as seguintes: "Sapataria de José Gomes", Selaria e Sapataria de Eurípedes Galvão", "Sapataria Vitória", de João dos Santos Lima, a "Sapataria São Crispim" " São Crispiniano", de Fernando Ferreira de Matos, por volta dos anos 30 era uma das maiores do interior da Bahia.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

NÃO TOQUES NOS UNGIDOS

Provavelmente essa seja a maior causa da grande hipocrisia e o maior empecilho de pregação do evangelho que exista: a imunidade espiritual. “Ministros” cristãos se utilizam de versículos isolados para criar uma imunidade parlamentar espiritual, que está acima de qualquer dúvida ou questionamento. Eles têm o direito de falar qualquer coisa mesmo em dissonância com a Bíblia, e tudo que falam se torna verdade absoluta, com a maldição eterna sobre a vida daquele que ousa questionar.

Em 2 Co 2:21;22 é-nos dito que fomos confirmados e ungidos por Deus, não alguns mas todos. O mais impressionante é que o versículo-base para esse jargão é usado totalmente fora de contexto. Em I Cr 16:22 “Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas”, Davi estava falando dos que estavam em perseguição indo para Canaã, ou seja, o versículo é usado descaradamente para fins próprios.

Respeito através do medo sempre foi o meio mais fácil de dominação que existiu. É fácil colocar medo no coração das pessoas para que nada falem contra “autoridades” espirituais do que considerar cada um superior a si mesmo.

A acepção de pessoas se torna realidade pelo fato de ter-se criado uma hierarquia na igreja, que é puro desejo de poder. Quem chegará ao topo da hierarquia mais rápido? Quem será por todos respeitado e ouvido? Os hipócritas autoritários do alto escalão que não serão!

Tem-se início a política quase parlamentar que nem como democracia ou teocracia funciona. O sistema que se destaca na igreja atual é a monarquia, não de Cristo, mas de homens sedentos por poder.

Em meio a tudo isso há ainda alguns que não se importam com os títulos e que estão “sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que pedir a razão da esperança que há em vós;” (I Pe 3:15). Aqueles que se escondem sob um título ou sob uma unção, não respondem sobre a esperança porque simplesmente não pregam sobre ela, por muitas vezes nem sabem que esperança é essa, pregam tanto sobre recompensas terrenas que se esquecem que a nossa recompensa está além-vida.

Empecilho para o evangelho porque os que usam desse “privilégio” se tornam detentores absolutos da verdade e o jugo e fardo de Cristo se tornam contrários ao que Jesus disse, se tornam pesados e difíceis de carregar.